O dia de ontem assistiu a um autêntico ataque de histeria generalizada nas redes socias. Tudo porque o Instagram decidiu rever e modificar os seus termos e condições de utilização.
O ataque de pânico foi tal que muitos utilizadores, incluindo celebridades, começaram a apagar as suas contas nesta rede social e isso causou, não só um efeito de debandada generalizado do Instagram, como uma migração para serviços substitutos.
A razão de tudo disso foi o medo de que o Instagram pudesse, a partir de agora, usar a informação dos utilizadores, neste caso as suas fotografias, para beneficio próprio e para efeitos de marketing e promoção, usufruindo dos direitos de utilização do conteúdo dos utilizadores.
Ou seja, de repente, as pessoas "lembraram-se" de que aquilo que colocam na internet pode ser usado por terceiros, nomeadamente por quem providencia os serviços de que usufruem. Lembra-me a "catrefada" de mensagens que me aparece na timeline do Facebook, onde as pessoas colam no seu mural, e nos das outras pessoas, mensagens de "cuidado" e ultimatos relativamente às políticas de utilização e de privacidade - isso tem sido uma verdadeira epidemia!
Isto suscita-me uma questão: eu já vi muitas empresas "too big to fail", de facto, a caírem. Até quando durará o reinado de hegemonia do Facebook? Quando irá surgir uma nova empresa com um serviço em tudo semelhante ou melhorado, que ofereça maior protecção de privacidade, maior controlo sobre a informação e melhor personalização do conteúdo, voltando a colocar o poder nas mãos do próprio utilizador?
A meu ver, é uma questão de tempo. E, para quem dá o argumento de que "as pessoas são demasiado comodistas e, se já têm tudo num lugar, não mudam", então vejam este caso do Instagram ou recodordem-se dos casos do Hi5 ou do Orkut.
Post Scriptum: Deparei-me com um artigo sobre um assunto completamente diferente que resume, exactamente, aquio que refiro no último parágrafo.
"I own an Apple laptop, an Iphone and an Ipod Shuffle. I like them all and probably will continue to buy Apple products. Does that mean I have a “relationship” with the Apple brand? Put it this way: If another computer company offered a better product—or an equivalent one for less money—I’d likely jump ship. "